segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O autocarro de Rosa Parks

Porque hoje é dia 1 de Dezembro.


1 de Dezembro de 1955.  "Nessa altura não havia turmas com crianças de todas as cores, como acontece na tua escola. Os negros tinham a sua própria escola, os seus próprios cafés e lojas, as suas próprias casas de banho públicas, em suma, tinham uma vida à parte."


À entrada de muitos estabelecimentos havia letreiros pendurados que diziam: 




"Tinha quarenta e dois anos, uns óculos grandes e um porte cheio de dignidade. Era uma mulher que, como tantas outras, regressava do seu trabalho, no seu caso como costureira."


"Na paragem seguinte, entraram quatro pessoas de pele tão branca como farinha. O condutor ordenou imediatamente que se levantassem os passageiros negros para dar lugar aos passageiros brancos."








"A Rosa permaneceu imóvel e deixou-se transportar até ao carro da polícia, qual rainha no seu baldaquino."


Rosa foi libertada graças a um advogado e a um jovem pastor, de nome Martin Luther King. Ficou desempregada e teve de se mudar para outra cidade, com a quantidade de ameaças que recebeu. 
Em 1956, um ano após o seu "não!", o Supremo Tribunal dos Estados Unidos proibiu a segregação racial dentro dos autocarros e cerca de doze anos depois ilegalizou-a totalmente.


A história é contada por um avô ao neto, no Museu Henry Ford, onde hoje se encontra o autocarro. Não é um contador qualquer. No dia 1 de Dezembro de 1955 viajava sentado ao lado de Rosa Parks. Foi um dos que cedeu o lugar às pessoas de pele tão branca como a farinha.


“Julgava que ela era louca e, pelo contrário, os loucos éramos nós, habituados a baixar a cabeça e a dizer sim a tudo."


O autocarro de Rosa Parks, escrito por Fabrizio Silei e ilustrado por Maurizio A.C. Quarello, é uma edição da Dinalivro, com a chancela da Amnistia Internacional. 

1 comentário:

Ana Rodrigues disse...

Pois é isto mesmo! No nosso Colégio preferido ontem falou-se sobre o racismo... Como nestas coisas não tenho muita sorte vou amanhã comprar! Mais sugerstões? Beijos.