segunda-feira, 25 de novembro de 2013

The Sun Is Yellow

Começamos a semana com um convite. Venham ver a "lua vermelha" da Kveta Pacovska. 


Está no seu último livro, The Sun is Yellow.


Uma viagem mágica ao mundo da cor que desafia os sentidos das crianças. E os nossos! Abrir o livro é como entrar numa exposição de arte. Mas numa exposição interactiva, onde a criança, para além de ver, pode tocar, brincar, sentir e imaginar!


O livro possui  um elevado número de abas para levantar, rodas para girar, janelas e portas para abrir ... e muito, muito para descobrir!  Mas não, não é igual a muitos outros. Porque a arte de Kveta Pacovska é única!


No momento de deixar a exposição, sairemos sempre rendidos à sua arte e intensamente apaixonados pelo que vimos. Kveta é uma das nossas autoras preferidas, já o afirmámos aqui.  A sua arte é inigualável e no seu universo, o livro (infantil) adquire uma outra dimensão. Infelizmente, continuamos a não ter os seus livros traduzidos em português.


Não deixem de ver a entrevista, imperdível, que em Fevereiro deu à Revista Emilia.  Perguntaram-lhe o que gostaria que os leitores sentissem depois de ler, ver e tocar uma de suas obras. Kveta respondeu: "(...) Eu desejo que as ame, as toque e as torne suas".


É tudo o que nós desejamos e gostamos de fazer!


A Caminho...


E o vencedor do sorteio, escolhido através do Random.Org,  é... Paula Bombas. Parabéns, Paula! Obrigada a todos os que participaram. É sabido que vivemos na lua, mas a última semana foi mais...nas nuvens! Tudo, graças aos vossos simpáticos comentários! 


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Bom Fim de Semana

 

Mariana Ruiz Johnson
Catarina Correia Marques
 
Continuamos em festa! Não esqueçam que até às 24horas de amanhã ainda podem participar  no sorteio. É só verem o post anterior e tentar a sorte...

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Hipopómatos em Festa


:::: Em semana de aniversário ::::
Queremos dizer Obrigado a todos os que aceitaram a boleia dos Hipopómatos. 
A todos os que diariamente nos visitam, tornando ainda mais gratificante esta nossa actividade. Porque o que vos faz vir até aqui é a paixão que partilhamos pelos livros, é através deles que queremos celebrar.

::: O que preparámos :::
Comemoramos com o sorteio de dois livros. 
A Kalandraka aliou-se às nossas celebrações e amavelmente cedeu um exemplar do livro vencedor do VI Prémio Internacional Compostela, que chegará brevemente às livrarias. MAMàé de autoria de Mariana Ruiz Johnson. O outro livro é o recente projeto da nossa ilustradora, Catarina Correia Marques, O Meu Pai Está Desempregado, editado pela Máquina de Voar. 

:: Estas são as regras ::
- ser seguidor e
- deixar aqui um comentário. 

: O vencedor :
Até   às 24 horas de Sábado, todos os seguidores podem participar, deixando aqui um comentário. O vencedor será anunciado no dia 25, segunda-feira.

Estamos à vossa espera! Venham festejar!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O Senhor Pina

Esta semana estamos em festa! No próximo Sábado, os Hipopómatos celebram  o seu segundo aniversário!  Dois anos a fazer o que mais gostamos. Partilhar  livros que nos encantam e que sonhamos poderem um dia ser lidos por todos. Pequenos e grandes leitores. Hoje, a escolha só podia ser esta, O Senhor Pina!

 
«Ah e é um livro para crianças, então?»
«Quando for lido por uma criança é um livro para crianças. Quando for lido por um adulto é um livro para adultos. Os livros não são "para", os livros são.»
 

Álvaro Magalhães homenageia Manuel António Pina. Relembra-o, brincando com as palavras. Com as palavras que são dos dois e que parecem fundir-se numa identidade única. E quando um brincador relembra outro... nós calamo-nos e imaginamos: "A casa do senhor Pina estava sempre cheia de palavras (...). "Quando chegava, de manhã cedo, a empregada do senhor Pina espantava as palavras que estavam à porta, à espera. Xô! Xô! Eram centenas, milhares, milhões. E muitas delas entravam  pelas frinchas das portas, que há palavras mais hábeis que ladrões..."
 
 
Este é um livro para saborear, cheio de frascos de mel! Claro que temos de os partilhar com o  Puff, esse outro amigo inseparável do Senhor Pina. Para sermos rigorosos, o seu herói. Aquele que aparecia e desaparecia lá de casa, sem entrar ou sair ... ou seria ao contrário?
 
 
«Por que escreves poesia?», perguntou, por fim.
«Boa pergunta, Puff. Acho que há qualquer coisa em mim que se quer transformar em palavras. Percebes isto?»
«Se não me explicares mais, acho que sim. Disseram-me que és daqueles que caçam mesmo a poesia. Mas diz-me: ela não está só nesses poemas, pois não?»
«Não, a poesia faz parte da vida. Os poemas são só oportunidades para ela.» 
 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O Mundo Num Segundo

Num segundo, dizemos que sim. Queremos apanhar boleia! Queremos viajar pelo mundo, na companhia da Isabel Minhós Martins e do Bernardo Carvalho.

Gostamos do itinerário,  sentimo-nos próximos das pessoas com quem nos vamos cruzando e não resistimos a observar tudo o que fazem.
Na hora da partida, somos informados: "Enquanto passas uma página deste livro, o mundo não para..."
Num segundo, comprovamos a grandeza do mundo, a sua heterogeneidade e riqueza cultural. A cada virar de página, um novo lugar, outras gentes, outros costumes.
Num registo muito próximo da banda desenhada, as ilustrações  de Bernardo Carvalho parecem catapultar o leitor para esta magnífica viagem pelos cinco continentes. Os 23 lugares do mundo por onde vamos passando são majestosamente  recriados. No final, a sua identificação e localização aguçam-nos a vontade de continuar a viagem.
Os leitores mais pequenos adquirem a noção da dimensão do mundo, de que ele não se confina à sua rua, ao seu bairro. E do muito que acontece mundo fora. Ou mundo dentro.

A 1ª edição, em formato mais pequeno, nunca "aqueceu  lugar" nas estantes. É daqueles livros irrequietos que a toda a hora nos vêm parar às mãos. A nova edição já se passeia por cima das mesas, dos sofás... Sabemos que serão muitos os segundos que vamos passar juntos!

Boa leitura e boa viagem!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A Bicicleta Que Tinha Bigodes


- Tio Rui, posso falar dos restos de letras que a tia Alice tira do teu bigode à noite?
- Podes.
- Não vão querer vir na nossa rua roubar a caixa de letras?
- Não. Ninguém vai acreditar.


Nós acreditamos. Na rua de Ondjaki devia haver  mesmo uma caixa de letras, da qual ele nunca mais se separou! Transparentes, editado o ano passado pela Caminho, valeu-lhe ontem o Prémio José Saramago. Em Maio, o escritor angolano já tinha visto um outro livro ser premiado. A Bicicleta Que Tinha Bigodes foi considerado a melhor obra de 2012 para crianças e jovens  pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil brasileira. O mesmo livro que em Portugal já recebera o Prémio Bissaya Barreto de Literatura.
A Bicicleta Que Tinha Bigodes é uma história passada num bairro de Angola, desencadeada pelo anúncio de um concurso da Rádio Nacional que se propunha oferecer uma bicicleta à criança que apresentasse a melhor redacção.


É um hino à imaginação e à amizade, mas também às palavras e à escrita. "Nas bermas de uma língua toda desportuguesa"  conseguimos vivenciar a criatividade de três crianças que, querendo ganhar a bicicleta, buscam a ajuda do escritor importante que vive ali mesmo, na sua rua. O Tio Rui inventa estórias e poemas que até chegam a outros países muito internacionais, como a "Julgoeslávia".


Cedo se adivinha que  o vencedor do concurso não sairá desta rua e que  isso  não é assim tão relevante.  Enquanto leitores, precocemente descortinamos que tudo o que estas crianças vão ganhando, nas suas tentativas, é muito mais importante.
 

A redacção acaba por não sair, mas à Rádio Nacional de Angola chega uma carta. Hilariante e simultaneamente doce. Capaz de nos" arrancar" umas sonoras gargalhadas ao mesmo tempo que nos faz pensar nas coisas sérias da vida... São assim as cartas das crianças.


É uma história sobre gente. Que vive na mesma rua. Que cria laços. Mas onde também vivem animais, como a lesma Senghor, o cão AmílcarCãobralo gato Ghandi ou os gafanhotos... Narrada num tempo e num espaço, onde a luz eléctrica é muitas vezes uma  miragem, mas em que a televisão, especificamente as novelas brasileiras,  assume papel relevante. A escrita de Ondjaki  faz-nos desejar crescer livres e desprendidos, como só em África parece possível.


Numa entrevista ao Ler Mais, Ler Melhor, Ondjaki disse que se divertiu muito a escrever este livro. Que foi feliz. Nós também, quando o lemos.