quinta-feira, 10 de maio de 2012

Nunca vi uma bicicleta e os patos não me largam

Os Hipopómatos voltaram à escola. A viagem fez-se de bicicleta e levaram na bagagem um bando de patos, juntamente com os cadernos de papel quadriculado e os marcadores Molin.




A bordo de Nunca vi uma bicicleta e os patos não me largam, de Isabel Minhós Martins e Madalena Matoso, partimos numa aventura aos quadradinhos.



Mais um lançamento do Planeta Tangerina recheado de conceitos próprios da infância, mas que o adulto facilmente revive, quer pela temática do texto, quer pelas opções gráficas.



A narrativa faz-se na primeira pessoa, pela voz de um pequeno rapaz que se depara com o dilema de nunca ter visto uma bicicleta nem um pato de verdade, não obstante saber tudo sobre os ditos. Os livros, o computador, a televisão, «se olharem com atenção, estão cheios de patos e bicicletas.»


Na aula de matemática, de língua portuguesa, de desenho... patos e bicicletas figuram em todas. Não é novidade para ninguém. Para ele também não. «Os patos nadam nos lagos. As bicicletas rodam no chão.»


O rapaz, determinado a ultrapassar esta limitação, encontra, não só, uma bicicleta, como também aprende a andar em cima dela. A falta de jeito não lhe roça a vontade de pedalar, e após uma série de tentativas, circula rua abaixo a toda a velocidade. Nesse fim de tarde consegue ver o que nunca antes tinha visto.


Recorrendo a uma técnica pouco usual em ilustração, mas muitíssimo utilizada pelas crianças como passatempo, Madalena Matoso ilustra este texto recorrendo a uma paleta de píxeis imperfeitos que compõem a imagem aos quadradinhos. Esta “brincadeira de crianças” avivou-nos a vontade de abrir os cadernos de papel quadriculado e meter mãos à obra. Talvez consigamos pintar uns Hipopómatos!

                                      



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